no Brasil
Food Trucks
Ascensão dos
O Começo
Foto: Chicago Daily News
A febre da culinária de rua começou no século XIV, nos Estados Unidos. Walter Scott, o “pai” dos food trucks, utilizava uma carroça para vender tortas, cafés e sanduíches para trabalhadores. Anos depois, um americano começou a fabricar os veículos especializados para este novo negócio.
Nos Estados Unidos, o “boom” ocorreu durante a crise econômica de 2008. Quando o país estava começando a se reorganizar, diversos empreendedores aliaram comida de qualidade a baixo investimento. O gasto com um caminhão normalmente é menor, se comparado a um restaurante. Hoje, é possível encontrá-los em diversas cidades americanas, como Nova York, Miami e Nova Orleans.
No Brasil, os trucks estacionaram pela primeira vez em 2012, em São Paulo. Chefs renomados, como Roberta Sudbrack, entraram na febre e também investiram nos caminhões, o que contribuiu para o crescimento. Hoje, restaurantes com versões móveis e iniciantes na gastronomia dividem espaço em eventos e nas ruas.
Legalização
é a solução
Fotos: Divulgação/Facebook.
Beatriz Svizzero, filha dos proprietários do Bão Dimais, conta como funcionou o processo de legalização dos food trucks no Rio de Janeiro.
"Podrão Gourmet"?
Há pouco mais de um ano, os caminhões marcam presença em eventos e oferecem uma nova versão de pratos já conhecidos do público, embora também haja a introdução de novidades. Há quem considere os trucks uma atração à parte, porém existem aqueles que desconsideram sua relevância e o qualificam apenas como uma espécie de "podrão gourmet".
Entre os carros que costumam participar, há o Holy Pasta. O veículo ganhou relevância após um dos sócios participar de um reality show sobre culinária de rua que era transmitido pelo canal fechado GNT. Adolpho Schaefer abriu o negócio em fevereiro de 2014 por influência do "Eat Street", programa televisivo do Fox Life. No entanto, engana-se quem pensa que o paulista está apenas se "aventurando": ele acumula mais de uma década de experiência na área gastronômica e também já levou o "Holy" para um ponto fixo, em São Paulo.
O empresário destaca o lado agregador dos food trucks: "Eu acredito que, com a força que a comida tem para unir e reunir as pessoas, elas passam a curtir simplesmente o fato de comerem juntas, sentadas na calçada e vendo a cidade respirar, as coisas acontecendo. São esses pequenos momentos que trazem um momento de descontração e informalidade".
E quanto ao pensamento sobre os food trucks se resumirem a um podrão gourmet? Adolpho conta sobre o seu caminhão, mostrando que os trucks não são todos iguais. Ouça!
Eventos
Estela Carrara, proprietária do Gula Gula Sobre Rodas, conta como um dos restaurantes mais famosos do Rio decidiu fazer um food truck. Ainda na entrevista, entenda a logística da participação do Truck nos pontos e eventos espalhados pela cidade.
Pelo Brasil
Apesar de ter começado em São Paulo, a febre por essa culinária de rua chegou a diferentes pontos do Brasil. Veja como está a repercussão em outras regiões brasileiras:
Recife, o maior polo gastronômico do Nordeste, logo se rendeu à culinária de rua e hoje apresenta diversas opções para sua população, que vão do cachorro quente à massa com vinho.
Aproveitando o sucesso, Salvador saiu na frente e foi a primeira capital nordestina a sancionar a lei que regulamenta os veículos.
Foto: Divulgação/Facebook.
Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo.
Já em Curitiba, o sucesso foi tanto que a prefeitura logo legalizou os caminhões para que estes trabalhem nas ruas. A medida foi um incentivo para outros empreendedores que desejam investir no mesmo, ocorrendo um crescimento no negócio em 2015. Um site especializado em food trucks apresenta quase 50 caminhões, cujos pratos variam entre churros, massa e coxinha!
Destaques
Se há um motivo que jusifique o sucesso dos Food Trucks, as redes sociais representariam tal ascensão. A divulgação dos próprios clientes ajudou (e muito) a popularizar os caminhões de rua.
Outro (óbvio) fator é a qualidade do produto oferecido pelos empreendimentos. A diversidade, em relação ao cardápio, marca os trucks. Ou seja, cada um acaba se tornando conhecido também por conta de seu principal prato.
Confira, na galeria, alguns veículos que caíram nas graças do público do Rio de Janeiro e São Paulo.
Costuma estacionar em pontos como Praça Julio de Noronha (Leme) e Praça Santos Dumont (Gávea), além de participar de feiras no interior de São Paulo, como na cidade de Jundiaí.
Costuma estacionar em pontos como Parque das Rosas (Barra), Praça Restier Gonçalves (Recreio), rua Erere (Laranjeiras) e na rua Cupertino Durão (Leblon). Também participa de eventos.
Estaciona na Praça Gal Tibúrcio (Urca), no Parque Guinle (Laranjeiras) e na Olegário Maciel (Barra). Sempre presente em eventos na Cidade Maravilhosa.
O food truck especializado em pizzas artesanais não tem local fixo. Ele costuma circular da Zona Norte até a Vila Madalena. Para saber por onde ele estaciona é sempre bom ficar de olho no facebook.
O truck participou de um reality show e hoje conta com um ponto fixo na capital paulista, além de estacionar nas ruas da cidade. Já veio ao Rio de Janeiro para participar de eventos.
Prometendo felicidade dentro de um copinho, o truck é considerado o reinventor do milkshake no Brasil. Fácil de ser encontrado na Vila Madalena.
Fotos: Divulgação/Facebook, noo.com.br, Agêcia O Globo, Folha de São Paulo, Folhapress e superchefs.com.br.
A "polêmica"
A fim de apresentar as diferenças entre os food trucks e o famoso podrão, o infográfico apresenta uma "batalha" entre ambos.
Nesse embate, o food truck vence com ampla vantagem sobre o podrão. Mas e quanto aos internautas, qual a preferência?
"Podrão. A facilidade para encontrá-lo ainda é maior."
Gabriel de Carvalho, 21.
"Food Truck. Há opções mais saborosas." Jorge Horácio, 53.
"Food Truck. A variedade é maior. Normalmente podrão vende cachorro quente e não me atrai."
Beatriz Santos, 21.
"Podrão. Eu acho mais limpo."
Pedro Rebelo, 18.
"Food Truck. Por causa dos eventos, que reúnem diversas opções."
Leila Horácio, 40.
"Podrão. Porque é algo mais tradicional por aqui. Os trucks chegaram há pouco tempo . Ainda é 'modinha'."
Carolina Rodrigues, 20.
A "disputa" ficou empatada entre os entrevistados. E você, desempataria a favor de quem? Conta pra gente no foodtruckdigital@gmail.com!